Vale a pena ser honesto? A dúvida tem dois mil e quinhentos anos, do
tempo do profeta Malaquias: “A gente vê que tudo dá certo para os maus; quando põem Deus à prova,
eles não são castigados” (3.15). Mas será que é assim mesmo? Conhecemos o
ditado: “a justiça tarda mas não falha”. E isto fica evidente na experiência do
profeta: “E mais uma vez o meu povo verá a diferença entre o que acontece com
as pessoas boas e com as más” (3.18). A parábola do empregado (Lucas
12.41-48) que faz as coisas certas só quando o patrão está na frente dele traz
um recado de Jesus para os que nem estão aí com a ética, honestidade,
fidelidade, justiça: o patrão voltará no dia em que o empregado infiel menos
espera.
Dias atrás li o artigo “Enganar as pessoas no trabalho pode arruinar uma
carreira”, de um diretor de empresa. Ele baseia-se na famosa frase “pode-se
enganar a todos por algum tempo, pode-se enganar alguns por todo o tempo, mas
não se pode enganar a todos durante todo o tempo”. Entre várias situações de
desonestidade e corrupção, cita o caso de empresas que manipulam seu balanço financeiro e lembra o que
aconteceu com Eike
Batista. “Se você quer crescer profissionalmente de forma duradoura, não engane
ninguém”, conclui o autor. O recado é oportuno especialmente aos nossos
políticos, os eleitos e os que serão eleitos.
Agora, não podemos esquecer que quando a Bíblia fala em "pessoa boa
e pessoa má", ela é categórica: “Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela
sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os
salva” (Romanos 3.23,24). No entendimento bíblico, só é espiritualmente bom e
justo aquele que está unido pela fé com a única pessoa que foi honesta e
perfeita na face na Terra, o Deus-Homem. É nesta e por esta nova vida que a
Bíblia conclama: "Sejam filhos de Deus, vivendo sem nenhuma culpa no meio
de pessoas más que não querem saber de Deus" (Filipenses 2.15).
Rev.Marcos Schmidt
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