Um estudo publicado
no Journal of Clinical Oncology diz que pessoas afetadas por câncer e que são casadas,
vivem, em média, mais tempo e se tratam melhor. Ayal Aizer, da Universidade
Harvard, afirma que o casamento pode ter um impacto significativo nos pacientes
com câncer. Solteiros, separados, divorciados ou viúvos apresentam um risco
maior de câncer com metástase. Foram analisados 735 mil casos de câncer nos
EUA, identificados entre 2004 e 2008.
Paul Nguyen, outro autor do estudo, afirma
que o resultado serve para lembrar àqueles que têm um parceiro com câncer que
sua participação no tratamento pode fazer muita diferença. E nós sabemos que
foi para fazer a diferença que Deus uniu homem e mulher. Disse Deus: “Não é bom
que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a
sua outra metade” (Gn 2.18).
No Congresso Nacional de Leigos, em
Marechal Cândido Rondon, PR, em agosto de 2013, o pastor e professor Paulo Moisés
Nerbas lembrou, em sua palestra, algumas mentiras inventadas pelo diabo sobre a
família. Dentre elas, destaco a mentira que diz que a família é algo ruim.
Desde piadas até noticiários, o casamento e a família têm perdido o seu valor.
Já dizia o apóstolo Paulo: “Essas pessoas ensinam que é errado casar [...]”.
Porém, “Tudo o que Deus criou é bom [...]” (1 Tm 4.3,4). Sim, o casamento é bom e maravilhoso, pois é um presente de Deus.
Casamento é remédio e não doença. Mas não esqueçamos que o casal está contaminado
pelo pecado e este traz múltiplos desagrados. Por isso, o casal deve lutar, não
um contra o outro, mas os dois contra o pecado. E só há uma forma de fazer
isso: com o auxílio do único que venceu o pecado – Jesus Cristo, nosso
Salvador.
Aizer afirma no estudo: “Nossa
humanidade é relacional em sua essência – somos pessoas tribais, mergulhados em
conexões uns com outros para compartilhar o que é mais significante e
gratificante na vida. Nossa medicina precisa seguir um paradigma paralelo: tratamentos
que são centrados nas expressões do indivíduo e também de sua família”. Deus
trata os males do ser humano através da família: primeiro, da família de
sangue, originada do casamento entre o homem e a mulher; segundo, da família da
fé, que se origina no convite de casamento do Cordeiro com sua noiva – a
Igreja.
A
família da fé, na qual fomos inseridos pelo Espírito Santo, sara-nos por
estarmos mergulhados em conexões com o próprio Deus pela fé e sacramentos, onde
ele compartilha sua graça, amor, misericórdia e perdão que sara a ferida do
pecado humano. Nela também somos inseridos em conexões com o próximo, que visam
carregar as pesadas cargas uns dos outros (Gl 6.2). Essa família carrega a
esperança que, por si só, é alívio: “[...] Sejam fiéis, mesmo que tenham de
morrer; e, como prêmio da vitória, eu lhes darei a vida” (Ap 2.10); e vive
diariamente da promessa divina que diz: “Invoca-me no dia da angústia; eu te
livrarei e tu me glorificarás” (Sl 50.15).
Ao aconselhar casais, em Efésios 5, o
apóstolo Paulo pede que o casal aprenda a amar com o casamento do Cordeiro –
Jesus Cristo – com sua Igreja. Casamento que começou na cruz, onde Jesus
adornou, preparou e santificou sua noiva, e esta agora aguarda prudentemente
pela chegada do noivo (Mt 25) para que possam festejar o casamento eterno. Deste casamento é que vem a força,
orientação e direção para que casais possam viver em um lar que trata e não
destrói. Dele vem o auxílio na luta contra o pecado que invade os lares da
nação, e dele provém o amor, o perdão e o auxílio de Deus a indivíduos e
famílias.
“Que o casamento seja respeitado por
todos, e que os maridos e as esposas sejam fiéis um ao outro [...]” (Hb 13.4);
“[...] Que ninguém separe o que Deus uniu” (Mt 19.6).
Pastor Ismael Isaque Verdin
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