sábado, 23 de julho de 2022

Orar é um privilégio

 

A oração de Davi, no Salmo 138, foi um reflexo das promessas do Deus cujo “amor dura para sempre” (Sl 138.8). Abraão orou em favor de Sodoma e Gomorra de maneira atrevida porque confiava que Deus agiria com justiça e por amor.

 

Orar não é uma obrigação. Orar é um privilégio das pessoas que receberam de Deus o presente do amor que se doa pelo pecador. Pecador que nada merece, mas que recebe a vida por causa do amor de Jesus. As orações de Davi e Abraão fluíram da misericórdia, do amor e da justiça de Deus. É sedutora a ideia de colocar a eficácia da oração em certas ações daquele que ora ou em regras cumpridas. É ilusão pensar que Deus atenderá às orações porque cumprimos certas regras com relação à comida e à bebida, ou com relação a certos dias, horários ou locais em que se ora. A embriaguez vem do coração que gosta do controle em suas mãos. Se tudo depende dos meus atos, a eficácia da oração estaria sob minhas rédeas.

 

Quando o apóstolo Paulo disse: “Que ninguém faça para vocês leis sobre o que devem comer ou beber, ou sobre os dias santos, e a Festa da Lua Nova, e o sábado” (Cl 2.16), ele estava falando amplamente sobre o perigo de os olhos se voltarem para a obra humana e não para a obra do Salvador. “A realidade é Cristo” (Cl 2.17), enquanto o nosso servir é somente sombra da graça e do amor de Jesus. A oração também corre esse risco de tornar-se uma tentativa nossa de barganha, na qual se oferece, ao dono de tudo, migalhas emboloradas pelo pecado.

 

É um privilégio termos um Deus que ama para sempre e que “perdoou todos os nossos pecados” (Cl 2.13) em Cristo. Oração é um privilégio. Oração é a sombra da realidade do amor de Cristo em nós.

 

Oremos: Cristo, tu és a razão da nossa confiança e gratidão. A ti entregamos nossos medos e nossas alegrias, nossa intercessão e gratidão, pois tu és amor e justiça. Em teu nome oramos. Amém.

Pastor Ismael Isaque Verdin

 

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