Como pastor, sempre acompanhei a odisseia de pais de recém-nascidos e crianças pequenas ao trazê-las ao culto. Não porque seja difícil trazê-las em si. O desafio é mantê-las no culto ou ainda manter-se atento ao culto com as demandas que os pequenos têm.
Acompanhava como pastor. Mas com a chegada do nosso Rafael, passei a acompanhar como pai. Passei a viver a experiência e a aventura de estar com nosso filho pequeno na igreja.
Nos primeiros meses é tranquilo. Os bebês só acordam para mamar e, eventualmente, por dores das cólicas, o que Rafael praticamente não teve. Porém, à medida que crescem, sua curiosidade vai indo além dos hinários, das pessoas sentadas no banco de trás, das luzes no templo. Passam a querer descobrir mais e mais. Como ainda não têm uma compreensão profunda do que é e de como se deve estar na igreja e, por não falarem, o choro e a insatisfação pelos braços que os prendem junto ao nosso corpo logo brotam.
Esses tempos, deparei-me com um texto muito confortador, útil e encorajador sobre esse assunto na internet. Foi no site The Federalist. A autora, Emily Carrington*, escreve sobre Por que você deveria continuar levando seu filho à igreja mesmo quando isso parece não ser proveitoso?, numa tradução livre.
Emily começa argumentando que, a cada novo domingo, famílias encaram o desafio monumental de sair pela porta de casa e chegar ao culto no horário. Em sua casa, diz ela, "o bebê sempre precisa de algo justamente na hora de sair".
No princípio do artigo, a autora descreve rapidamente como é a cada domingo, a rotina com sua bebe, Mal começou o culto e seu marido já precisa ir ao fraldário trocar a fralda. Mal o pai da criança voltou da troca e a bebê começa, novamente, a resmungar e ficarirrequieta. Aí, então, lá se vai ela, a mãe, com a criança no colo, aos fundos da igreja,
tentar acalmá-la. Não adiantou. Voltou ao banco, pegou a bolsa da pequeninha e foi-se ela ao fraldário, tentar acalmá-la, checar a fralda, tentar algo que pudesse por fim àquele choro copioso. Antes que pudesse perceber, o culto havia terminado. E ela, a mãe, ainda
tinha a sensação de que mal tinha chegado ao templo. Sem que percebesse veio à mente a pergunta que a levou a escrever o artigo: Por que é que a gente aínda vem? Por que insistir em tentar vir? Todo domingo, com alguma variação, essa é sua rotina. Ela e seu marido, como pipocas, para lá e para cá, tentando acalmar e atender às necessidade da
filha pequena. Ao lembrar-se do trabalho árduo de seus pais em sempre levá-la à igreja e
mantê-la no culto, Emily Carrington anima outros pais de crianças pequenas: Tenham coragem! Seu trabalho de trazer seus filhos pequeninos à igreja não é fútil e em vão!", diz. "Mesmo as piores, mais distraídas e mal sucedidas tentativas são importantes, pelas razões a seguir", argumenta.
tentar acalmá-la. Não adiantou. Voltou ao banco, pegou a bolsa da pequeninha e foi-se ela ao fraldário, tentar acalmá-la, checar a fralda, tentar algo que pudesse por fim àquele choro copioso. Antes que pudesse perceber, o culto havia terminado. E ela, a mãe, ainda
tinha a sensação de que mal tinha chegado ao templo. Sem que percebesse veio à mente a pergunta que a levou a escrever o artigo: Por que é que a gente aínda vem? Por que insistir em tentar vir? Todo domingo, com alguma variação, essa é sua rotina. Ela e seu marido, como pipocas, para lá e para cá, tentando acalmar e atender às necessidade da
filha pequena. Ao lembrar-se do trabalho árduo de seus pais em sempre levá-la à igreja e
mantê-la no culto, Emily Carrington anima outros pais de crianças pequenas: Tenham coragem! Seu trabalho de trazer seus filhos pequeninos à igreja não é fútil e em vão!", diz. "Mesmo as piores, mais distraídas e mal sucedidas tentativas são importantes, pelas razões a seguir", argumenta.
VOCÊ ESTÁ ENSINANDO SEU FILHO
QUE A IGREJA É IMPORTANTE
QUE A IGREJA É IMPORTANTE
O simples fato de levar os filhos ao culto mostra a eles que a igreja é importante para você. É fácil encontrar desculpas para ficar em casa. Mas, mesmo nas manhãs mais estressantes, com a criança chorando, fazendo manha ou com sono mal dormido, é importante que pais cristãos levem suas famílias ao culto, mesmo quando parece mecânico. Os filhos observam o exemplo dos pais, amam o que seus pais amam. A frequência aos cultos, mesmo com alguma dificuldade, sublinha aos nossos filhos que igreja é prioridade.
VOCÊ ESTÁ CRIANDO HÁBITOS
QUE IRÃO SUAVIZAR O FUTURO
QUE IRÃO SUAVIZAR O FUTURO
Se for esperar para levar a criança à igreja somente quando ela estiver bem comportada, é provável que Jesus já tenha voltado à Terra para o fim dos tempos! A tendência é que a demanda com as crianças só aumente à medida que crescem. Emily compartilha que, mesmo quando já adolescente e cada um indo no seu próprio carro, ir à igreja não se discutia: a seu modo e a seu tempo, todos marcavam presença semanalmente nos cultos. A semente que seus pais plantaram havia germinado e dados frutos: "Foi esse hábito de ir à igreja com os pais que me sustentou durante as crises de fé de minha adolescência", confessa.
"A questão de comportamento e hábitos é, também, uma excelente forma de ensinar, praticar e viver a Graça", argumenta a autora. "Nossa salvação não depende do nosso comportamento, logo, não faça da frequência aos cultos uma questão de se comportar bem ou não. Nossos filhos necessitam de graça, assim como nós".
VOCÊ ESTÁ INTRODUZINDO SEU
FILHO NUMA COMUNIDADE QUE
VAI DURAR A VIDA TODA
FILHO NUMA COMUNIDADE QUE
VAI DURAR A VIDA TODA
Mesmo que, participando de todo o culto, você não seja capaz de resumir o que o pastor falou no sermão, a ida ao culto não foi em vão. Depois da Palavra e dos sacramentos, um ponto muito importante da vida da igreja é a comunhão com as pessoas. Seu filho estará conhecendo seus pares que, se Deus quiser, estarão com ele, na congregação, durante a vida toda.
Além disso, seu filho conhecerá adultos que orarão por ele, o ensinarão na Escola Dominical, servirão de exemplo para ele de como é ter uma vida cristocêntrica. Essas orações e exemplo serão muito importantes para seu filho continuar conectado ao corpo de Cristo quando for adulto. Os colegas, os professores, os adultos, todos esses irmãos e irmãs são importantíssimos para o bem-estar espiritual do seu filho.
AS CRIANÇAS FAZEM PARTE
DO CORPO DE CRISTO
DO CORPO DE CRISTO
Ainda que barulhentos, agitados e dispersos, nossos filhos fazem parte da igreja. Jesus mesmo disse para que se deixem ir a ele os pequeninos, porque também deles é o Reino dos Céus (Mt 19.14). Seu filho não é apenas membro da sua congregação, mas do próprio corpo de Cristo! Por isso, ainda que imperfeito e cheio de falhas, o esforço de levar os pequenos aos cultos cumpre a vontade de Cristo e ilustra o ensino de Paulo sobre a lgreja como o corpo de Cristo.
VOCE ESTA SENDO FIEL
Na opinião de Emily Carrington, talvez a razão mais importante de empenhar-se em uma frequência regular aos cultos é porque isso é parte da tarefa de um pai ou mãe cristãos" Para a autora é responsabilidade dos pais trazer os filhos à igreja. E conclui: "Criar nossos filhos de acordo com a Palavra de Deus é uma responsabilidade essencial dos pais cristaos (Ef 6.4). E por que não cumpri-la com a ajuda e orientação da igreja?"
TENHA CORAGEM E
CONTINUE FIRME!
CONTINUE FIRME!
"Por isso, queridos pais, relaxem Mesmo que o domingo de manha pareça muito mais com um dilema, uma bataIha de vontades ou até mesmo um circo, o seu tempo, esforços e culto distraído valem a pena. Mesmo os mais frustrados e bagunçados dias não são em vão. Agradeça a Deus por sua graça e continue firme".
Minha esposa e eu planejamos ter mais filhos. Assim, muitos cultos distraídos ou agitados ainda virão. Mas, como ressaltou a autora, vale a pena. Os filhos são herança que o Senhor nos deu (Sl 127.3) e, assim como Samuel, queremos devolvê-los ao Senhor (1Sm 1), Levá-los à sua casa é parte fundamental!
Pastor Tiago José Albrecht
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