sábado, 18 de agosto de 2018

A roupa do funeral!

Seguidamente pessoas falecem. Sepultamentos são realizados. A morte faz parte do dia a dia. Já fomos a vários velórios: familiares, conhecidos e amigos.

Tem gente que na meia idade já começa a se preocupar com a roupa que gostaria de usar em seu sepultamento. Um terno bem alinhado, uma gravata nova, sapatos impecáveis ou a camiseta do seu time do coração. Afinal, pode ser que a nossa aparência e roupa conte pontos no Dia do Juízo Final... será?

No dia da despedida deste mundo - o cartão de crédito perde o crédito, a ganância chega ao seu ponto final. A morte termina com as perspectivas terrenas de todos.

 Já escreveu Steve Jobs: "Ser o mais rico do cemitério não é o que mais importa para mim. Ir para a cama à noite e pensar que foi feita alguma coisa grande. Isso é o que mais importa para mim. Parafraseando, digo assim: "Ser o mais rico do cemitério, que valor tem? Mas ir dormir e pensar, ver e perceber que Deus fez grandes coisas por mim, isso é o que realmente importa!"

O apóstolo Paulo nos dá um puxão de orelhas quando estamos apenas preocupados com o figurino do funeral. Ele exorta: "Vistam-se com toda a armadura que Deus dá a vocês, para ficarem firmes contra as armadilhas do Diabo... Portanto, estejam preparados. Usem a verdade como cinturão. Vistam-se com a couraça da justiça e calcem, como sapatos, a prontidão para anunciar a boa notícia de paz" (Ef 6.11,14-15). 

A verdade, a justiça e a paz – tudo isso são dons de Deus. E deve ser em vida, aqui e agora, que sejamos responsáveis pelos nossos caminhos. E nos caminhos humanos predominam a mentira, a injustiça e o ódio. Mas é aqui, em meio à mentira, à injustiça e ao ódio que somos chamados a mostrar a nossa gratidão pelo mais precioso dos presentes, a vida. Ela é dom de Deus. E devemos viver, agora, a partir da graça de Deus.

Afinal, de que adianta ser o "mais rico do cemitério"? O próprio Jesus afirmou: "Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam" (Mt 6.19).

Deixe Cristo vestir e cobrir você com seu amor e a obra da salvação. Em Cristo, a roupa do nosso funeral deixa de ser prioridade, pois em Cristo habitaremos em um mundo da verdade, da justiça e da paz. Confie em Cristo. Afinal, não adianta ser o mais rico do cemitério, quando na verdade,Cristo nos garante e nos dá gratuitamente o maior tesouro: a morada eterna e feliz nos céus!

Toda vez que você estiver diante de um túmulo, lembre-se de que o termo cemitério vem do grego Koimeterion e significa lugar de dormir, dormitório. Por isso Martinho Lutero foi muito feliz em afirmar: "Depois que Cristo passou pela morte e ressuscitou, deixou de ser morte, tornou-se mero sono, de modo que os cristãos enterrados são chamados não de mortos, mas de 'os que dormem, na qualidade daqueles que, com certeza, também ressuscitarão”.

Que este possa ser o nosso verdadeiro alento e consolo: Cristo veio para nos vestir com o seu manto da salvação!

Pastor Leandro Born

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