quarta-feira, 4 de maio de 2011

O final da história

Duas funcionárias de uma escola recebem uma encomenda por engano e, por curiosidade, acabam abrindo-a. Descobrem, então, que não era para elas. Depois de fechar o pacote e deixar onde deveria ficar, em tom de brincadeira, uma diz para outra:

“- Eu já estou vendo... No dia em que a gente morrer, Deus vai olhar pra mim, apontar o dedo e dizer: - Ei, você, chega mais perto! Lembra o dia em que você mexeu numa coisa que não era sua e ainda por cima tentou esconder como se nada tivesse acontecido? Vem cá que tenho que conversar com você!”

Desse pequeno exemplo podemos notar duas coisas:

Na relação entre as pessoas, quando algo é feito errado, existe cobrança... mágoa... e, normalmente, a pessoa que fez algo errado tem que fazer outra coisa pra retomar aquela confiança. Isso nós temos todos os dias. Está fora do nosso controle, de repente a gente vê que falou o que não queria, fez o que não podia!

A outra coisa, é que nós pensamos que por Deus também somos tratados assim. Aplicamos a Ele o mesmo princípio que temos em nossos relacionamentos:

“Hoje eu fiz uma coisa boa, então vou ficar esperando pra ver o que Deus tem guardado pra mim!...

Hoje eu fiz o que não devia, Deus não vai deixar barato, alguma coisa ruim vai acontecer!”

Tentamos colocar Deus dentro da nossa previsão onde sabemos tudo o que Ele vai fazer. E mais, já sabemos de antemão se essas coisas devem ser ruins ou boas para nós mesmos.

No livro bíblico de 1º Coríntios 15, nos primeiros três versículos, lemos que Deus nos anunciou o evangelho, que diz que “Cristo morreu pelos nossos pecados.” Este é o grande ato de amor de Deus por nós que mostra que Ele não está dentro da nossa previsão, já que, pelo nosso pecado, a previsão seria de precisarmos ser castigados e repreendidos, e não amados e perdoados como Ele faz.

Desta forma, o final daquela história é diferente. A fala Dele é:: “Ei, você, chega mais perto! Lembra daquele dia? O dia em que Cristo Jesus morreu para te salvar dos teus pecados? Naquele dia ele tornou você meu filho.”


Teol.Marcos Weirich

Formando em Teologia, Ulbra, Canoas

Estudante de Teologia do Seminário Concórdia, São Leopoldo

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