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O apóstolo Pedro perguntou para Jesus: Quantas vezes devo perdoar meu irmão? E a resposta de Jesus ensinou ao discípulo, e a nós também, que o perdão é infinito. O que Jesus responderia se lhe perguntássemos: Quantas vezes precisamos agradecer? Provavelmente a sua resposta seria a mesma. O apóstolo Paulo escreve em Efésios 5.20: “Em nome do Senhor Jesus Cristo, agradeçam sempre todas as coisas a Deus, o Pai”.
O nosso Deus está sempre pronto a encher a nossa vida com muitas bênçãos. E em nossas orações também pedimos por elas. Se pararmos por alguns instantes, poderemos ver e sentir todas as coisas que o nosso Pai nos dá por graça e misericórdia. Todas essas bênçãos de Deus nos são oferecidas para o nosso bem-estar físico, material e espiritual. Não somos merecedores de nada. Mas recebemos tudo porque Deus, em Cristo, nos considera seus filhos queridos.
E assim, concluímos que sempre é tempo de agradecer. Agradecemos pela vida, pelo novo dia, por vitórias, pela família, pelos amigos, pelo trabalho, pela saúde, pelo alimento, pela casa... Agradecemos pelo perdão, pela salvação e vida eterna que nos são dados por Jesus.
Oportunidades
Gostaria de compartilhar um fato que aconteceu comigo. Em 1995 fui estudar no Instituto Concórdia de São Paulo, SP. Queria me formar para trabalhar como pastor da minha Igreja. Tudo estava indo bem, até que, em setembro daquele ano, fiquei enfermo e precisei voltar para casa para tratamento. Sem entender os caminhos de Deus, segui todas as recomendações médicas pensando em ficar bom para voltar ao Seminário. Na casa dos meus pais, na Grande Vitória, ES, soube que meus colegas também oravam por mim todos os dias. E Deus ouviu e atendeu as orações. No início de novembro, retornei ao Seminário e completei os estudos daquele ano.
A minha felicidade foi imensa. Na apresentação de um trabalho sobre a oração, tive a oportunidade de agradecer, primeiramente a Deus pela bênção recebida e também a todos os meus colegas pelas suas orações.
Esse fato marcou profundamente a minha vida. E você? Qual é o fato marcante na sua vida que lhe faz agradecer sempre? Quantas ações de Deus em nossa vida temos para contar? Com certeza, temos muito para agradecer!
Portanto, aproveitemos as oportunidades para agradecer a Deus e aos que nos são próximos. Afinal, ele ouve as nossas orações e está sempre pronto para ajudar-nos de acordo com a sua vontade, também através do nosso próximo.
É tempo de agradecer
No corre-corre da vida, facilmente esquecemos que temos um Pai que está conosco em todos os dias e lugares, que nos socorre na necessidade e nos acolhe em amor e graça. Temos um irmão, um amigo pronto a nos estender a mão nos momentos mais difíceis. Por tudo e por todos, é tempo de agradecer.
Vamos agradecer como o profeta Daniel: “Então Daniel agradeceu a Deus, dizendo: Que o nome do Senhor Deus seja louvado para sempre, pois dele são a sabedoria e o poder” (Daniel2.19,20). Agradeçamos a Deus no tempo de Advento, pela vinda de Jesus para nos salvar e a sua volta para nos buscar a fim de morarmos com ele para sempre no céu. Concluímos com Davi: “Louvem a Deus e sejam agradecidos a ele. Pois o Senhor é bom; o seu amor dura para sempre, e a sua fidelidade não tem fim” (Salmos 100.4,5). Por isso, sempre é tempo de agradecer, também hoje.
Texto de Pastor Iderval Strelhow.
Publicado no Mensageiro Luterano em novembro de 2008.
Além de ser chamado de “macaco” dentro do avião, o músico Dudu Nobre sofreu agressão física e o caso foi parar na polícia. A discriminação racial pelos próprios comissários de um vôo dos Estados Unidos para o Brasil, nesta última segunda-feira, merece reflexão onde o preconceito racial é sutil e disfarçado, e por vezes grosseiro como neste episódio. Hoje (dia 20) é o Dia da Consciência Negra em nosso país, inspirado na morte do negro Zumbi em 20 de novembro de 1695. O tema tem importância na Bíblia, que descreve a discriminação como um pecado que bate em cheio contra o amor universal de Deus. O apóstolo Paulo lembra que não existe diferença entre as raças, porque Deus é o mesmo Senhor de todos e abençoa indistintamente os que lhe pedem ajuda (Romanos 10.12). No entanto, a própria Bíblia é usada erroneamente para se afirmar que a cor negra da pele é um castigo divino. Dizem que Cão, filho de Noé, ficou negro ao ser amaldiçoado (Gênesis 9.22). Ora, fico imaginando se um dia este tipo de religioso encontrar-se com um Jesus preto no Juízo Final. Se “maldição” é compreendida desta forma, então o que dizer da minha pele branquela, pré-disposta ao câncer e ao envelhecimento precoce sob os efeitos do sol? Em todo o caso, estas heresias andam soltas por aí, a exemplo de Satanás que inverteu o sentido das palavras de Deus na tentação contra Jesus (Mateus 4.1-11).
Racismo é um escândalo (escândalo vem do grego e significa “separação”) que diabolicamente (diabo significa “aquele que separa”) traz divisão na própria igreja cristã. Um péssimo exemplo vem dos Estados Unidos onde existem igrejas de brancos e igrejas de negros. E agora o grande desafio para este país da Ku klux klan – organização que tem a própria cruz como símbolo para defender a “supremacia da raça branca” – será proteger Barak Obama contra racistas fundamentalistas, os mesmos que mataram Martin Luther King. Mas isto é um mal globalizado, que provoca divisões e injustiças pelo mundo afora nesta Babel de arrogância.
Não podemos e nem queremos mudar a cor da nossa pele, nem a raiz de costumes e culturas. Mas quando estas coisas criam diferenças presunçosas de tratamento com as pessoas, isto ofende o Criador que ama a todos indistintamente, e estraga a grande missão da igreja. A Bíblia diz com todas as letras: “Meus irmãos, vocês que crêem no nosso Senhor Jesus Cristo, nunca tratem as pessoas de modo diferente por causa da aparência” (Tiago 2.1). O teólogo luterano Gottfried Brakemeier escreve que Deus criou um mundo multiforme, em que cada "peça" tem sua característica inconfundível. Que o propósito de Deus nesta diversidade é a complementação de uns pelos outros e no serviço mútuo, usando cada qual o dom que recebeu. “Discriminação racial equivale a desprezo ao Deus Criador, que moldou a criação assim como a fez, e que por amor a ela deu o seu Filho Unigênito”.
Texto de Marcos Schmidt, Pastor luterano na Comunidade São Paulo em Novo Hamburgo, RS
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