domingo, 28 de novembro de 2021

Verdade ou consequência?

 Existe uma brincadeira de adolescentes chamada “verdade ou consequência?”. Nessa brincadeira, a pessoa da vez escolhe se prefere revelar um segredo seu ou “pagar uma prenda”, uma espécie de castigo. A brincadeira é para se divertir ao constranger os amigos. Nesse caso, tanto a “verdade” quanto a “consequência” deixam a pessoa envergonhada.

 

As escolhas mais importantes que temos de fazer neste mundo por vezes parecem nos colocar entre a verdade e as consequências. A Bíblia diz: “Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos” (2Tm 4.3). Vemos aqui que, por não suportarem a verdade, alguns preferem ignorá-la e lidar com as consequências negativas. Mas ao contrário de uma brincadeira de amigos, o resultado aqui é fatal.

 

A verdade nesse caso é o que Deus fala sobre nós e o que ele nos oferece. Ele diz que todas as pessoas são pecadoras e imperfeitas e que jamais alcançarão a vida que desejam sem a ajuda dele. Deus diz que ele perdoa o pecado daqueles que creem em Jesus e reconhecem que precisam dele. A esses, ele oferece a vida perfeita que todos querem, que começa aqui e dura pela eternidade.

 

Infelizmente, muitos ignoram a verdade, pois ela fala das nossas falhas e, por isso, pode ser difícil ouvi-la. Quando as pessoas preferem seguir os seus desejos, as suas ideias, e se fechar para o verdadeiro ensinamento de Deus, elas se afastam da verdade e acabam sofrendo com as consequências. Felizmente, a verdade é que Deus é amoroso e está sempre pronto para perdoar e receber a todos. Por isso, no jogo da vida, prefira sempre a verdade, e assim você não precisará se preocupar com as consequências.

 

Oremos: Senhor Deus, obrigado por revelares a verdade a nós. Dá-nos forças para buscá-la em todas as situações e para apontar o caminho certo aos outros. Amém!

 

Pastor Alexandre Vieira    

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Fazer o melhor possível


 

           Em janeiro de 2020, num dia bonito de verão, recebemos a notícia do trágico acidente de nosso filho Leandro, nossa nora Milena e seus pais. Momentos de aflição, angústia, desespero e, sobretudo, tristeza. A primeira coisa que eu e minha amada esposa fizemos, depois de avisar nossa filha e genro, foi orar a Deus.


          No dia seguinte, estávamos fazendo a despedida ao Leandro e seu sogro Lauri nesta vida. Recebendo o abraço de familiares, amigos, pastores que nos acompanharam em momentos de vida e muitos irmãos na fé. Ainda não havia a pandemia, e o momento foi de muita tristeza, mas muito caloroso para nós. Mas a vida começou bem antes... Para nós, em locais diferentes do Rio Grande do Sul.


          Eu nasci, fui batizado e confirmado em Porto Alegre. Minha esposa, Mirna, nasceu, foi batizada e confirmada em Toropi. Nos conhecemos em Santa Maria, na igreja, especialmente na época da juventude.


          Nada é por acaso, já começávamos a falar. Casamos, e nosso primeiro lar foi na cidade de Cruz Alta.


          O tempo passa, dia após dia...


          E cada dia tentando fazer o melhor possível! Mesmo sem pensar nisso, na correria da vida: afazeres, objetivos, responsabilidades, medos, angústias e alegrias. Tenho certeza de que sempre tentamos, e com a ajuda e direção de Deus, muito conseguimos e fomos abençoados: na família, no trabalho, na igreja e no serviço ao próximo.


          Os anos foram se passando, e recebemos de Deus os maiores presentes, lá no Alegrete: nossos dois filhos - o Leandro e a Michelle. Depois, com a vida deles se estabelecendo, mais dois presentes valiosos: a Milena (esposa do Leandro) e o Matheus (marido da Michelle). Joias raras, que não surgiram por acaso na nossa vida.


          Tivemos passagem por Uruguaiana e, atualmente, residimos em Porto Alegre. Quantos desafios pessoais, profissionais e da igreja foram enfrentados. Alguns com a vitória, outros com correção de rumo, outros perdidos ou abandonados... Mas nada por acaso. Muito conseguimos e fomos abençoados!


          E sempre em nossas vidas, conscientes ou não, com nossos dons e capacidades, mas sobretudo a ajuda de Deus, tentando fazer o melhor possível! E o que é o melhor possível? Olhando para trás posso dizer que nosso casamento, a bênção dos filhos, nora e genro; diplomar o Leandro em minha formação, e a Mirna, a Michelle na sua; congregações de que participamos se tornando independentes, construção de casa pastoral, desenvolvimento de trabalhos sociais; crescimento profissional; mas também as dificuldades e a tristeza e fazer só o essencial... em alguns momentos... só orar! Nosso melhor possível em alguns momentos, desta vida pode ser uma grande conquista, em outros, simplesmente acordar, levantar e se alimentar.


          Nos últimos tempos temos convivido com a tristeza de forma intensa, e a morte apareceu de forma muito cruel em nossa vida. E veio a pandemia da Covid-19 - o isolamento, os cuidados, a angústia... e tudo mais que todos estamos passando no mundo de hoje. No nosso contexto, além de tudo, neste período, veio o câncer da Milena, a luta pela vida, com todos os medos, angústias e porque não... desespero.


          Deus nos ensina em sua Palavra, através do sábio Salomão, como é a vida neste mundo:


          "O sol continua a nascer, e a se pôr, e volta ao seu lugar para começar tudo outra vez. O vento sopra para o sul, depois para o norte, dá voltas e mais voltas e acaba no mesmo lugar. Todos os rios correm para o mar, porém o mar não fica cheio. A água volta para onde nascem os rios, e tudo começa outra vez" (Ec 1.5-7 - NTLH).


          Jesus nos fala em Matheus 28.20: "E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos".


          Onde buscar auxílio na caminhada desta vida?


          Buscar sempre em Deus! Em todos os momentos: de agradecer, de pedir e, sobretudo, de entregar a carga!


          E agora, numa renovação, Deus nos deu mais um presente, o Theo. Seu batismo sela que somos sua propriedade e estaremos todos juntos na vida que não termina.


          A cada dia que Deus nos concede, hoje estamos reafirmando, e mais conscientes, o que temos que fazer. Independentemente da situação em que nossa vida esteja, independentemente do local em que estejamos: na família, no trabalho, na igreja ou com nosso próximo, devemos, com o auxílio de Deus: FAZER O MELHOR POSSÍVEL!


Gerson Hillig

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Boa influência

 “Não se misture com essa gentalha”, dizia constantemente a mãe para o seu filho, personagens de um programa de televisão. Ela falava assim porque considerava que a companhia de algumas pessoas da vila onde moravam, poderia trazer malefícios para seu “tesouro”, seu filho. Muitos pais se preocupam com as amizades dos filhos, por isso alertam quanto ao perigo. Contudo, eles nem sempre são ouvidos e os filhos voltam a conviver com aqueles que não são uma boa influência.

 

O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo, a quem ele considerava como seu filho na fé. O alerta de Paulo se parece muito com o alerta dos pais quando veem um filho em perigo. Paulo falou sobre os tempos difíceis que os cristãos enfrentariam, tempos em que haveria pessoas egoístas. E mais: “Parecerão ser seguidores da nossa religião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder dela. Fique longe dessa gente!” (2Tm 3.5), ele afirmou.

 

A preocupação do apóstolo tem razão de ser, pois, quando pessoas estão entre os cristãos mas têm uma fé fingida, de aparência, isso pode fazer com que muitas pessoas se distanciem de Jesus. Por outro lado, há muitas pessoas que estão distantes da igreja, pecadoras, e que, como cada um de nós, precisam do perdão de Jesus. Algumas delas podem estar desesperadas por causa do pecado e precisam de nós para que a mensagem de restauração chegue até elas, a mensagem que fala do perdão e do amor de Deus oferecido a elas.

 

Por isso, sejamos nós a boa influência, não porque somos perfeitos e não cometemos pecados, o que seria uma mentira, mas porque conhecemos o caminho, Jesus, onde há perdão e graça concedidos gratuitamente.

 

Oremos: Senhor, perdoa-me por ter sido muitas vezes uma má influência, levando pessoas a se distanciarem de ti. Ajuda-me a ser uma boa influência, para que elas conheçam o teu perdão e amor. Amém.

 

Pastor Juan Iurk Nogueira  

domingo, 24 de outubro de 2021

Mercado financeiro e a vida cristã

 

Em 22 de fevereiro de 2021, o mercado das criptomoedas acordou em polvorosa.

Após um período de alta, o Bitcoin sofria uma correção com uma queda de mais de 18% em poucas horas.

Tendo alcançado incríveis 315 mil reais, despencava para 260 mil reais.

No momento em que escrevo este artigo, assisto nos grupos em que interajo, algumas pessoas se desesperando, vendendo seus Bitcoins, proferindo xingamentos. No entanto, uma parcela, como eu, estava extremamente calma.

O que difere esse comportamento dentro de um mesmo grupo?

A resposta é: conhecimento.

Quem entende de criptomoedas, e mais especificamente do Bitcoin, sabe que ele sofre uma correção a cada trimestre. Não se sabe o dia nem a hora, nem o percentual. Mas sabe que vai acontecer. E mais, sabe que, após a correção, a alta é maior e os benefícios serão maiores.

Por outro lado, aqueles que não quiseram estudar, não quiseram aprender, mas somente investir para ter lucro, acabaram por amargar prejuízos – dependendo do caso – enormes prejuízos.

– O que isso tem a ver com a vida cristã?

É uma alegoria. O cristão, que tem fé na ressurreição, é como se fosse o grupo que se dedicou a estudar e aprender sobre o Bitcoin. Ele estudou as Escrituras, seguiu as Escrituras, manteve sua vida em congregação, e sabe, tem certeza, de que a morte virá, para todos, só não sabe o dia nem a hora. Esse cristão não se desespera em meio à morte, pelo contrário, ele age tranquilamente, e faz isso porque tem esperança.

Essa esperança é a fé de que a ressurreição é o benefício muito maior que vem após a morte. Um benefício inimaginável, como diz o apóstolo Paulo (Fp 1.21): “Para mim viver é Cristo, e morrer é lucro”.

Infelizmente, no dia do Juízo Final, veremos muitas pessoas se desesperarem, porque nunca quiseram aprender sobre essa esperança; e, assim como os investidores de Bitcoin, passaram suas vidas tentando almejar por lucros sem sequer saber onde estavam pisando.

Estamos vivendo o princípio das dores. Tudo que nosso Senhor Jesus Cristo falou que iria acontecer está acontecendo: guerras e rumores de guerras. Fome. Doenças. Famílias se desintegrando (Mt 24.6-8).

Mas ele também disse: “Não se assustem” (Mt 10.31) é um consolo. E prometeu: “Quem ficar firme até o fim será salvo” (Mc 13.13), é esperança.

O evangelho é assim: consolo e esperança.

De que forma pode haver consolo?

O próprio Jesus afirmou estar conosco. Ele está junto, e estando junto, não devemos temer, nos amedrontar, como Pedro fez no barco (Mt 14.30).

Em todo seu tempo aqui na Terra, Jesus sempre nos encorajou e ainda nos encoraja: Não tenham medo. E a esperança está nas suas promessas: Quem permanecer será libertado; quem resistir será coroado.

Eu tenho essa tranquilidade, e gostaria muito que você, que estiver lendo esta revista, tenha a mesma tranquilidade que eu tenho com relação à morte. Caso você ainda não tenha, entre em contato com uma igreja mais próxima de sua casa, consulte nosso site: ielb.org.br.

 

Fabio Leandro Rods Ferreira