sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sempre é tempo de agradecer

O apóstolo Pedro perguntou para Jesus: Quantas vezes devo perdoar meu irmão? E a resposta de Jesus ensinou ao discípulo, e a nós também, que o perdão é infinito. O que Jesus responderia se lhe perguntássemos: Quantas vezes precisamos agradecer? Provavelmente a sua resposta seria a mesma. O apóstolo Paulo escreve em Efésios 5.20: “Em nome do Senhor Jesus Cristo, agradeçam sempre todas as coisas a Deus, o Pai”.

O nosso Deus está sempre pronto a encher a nossa vida com muitas bênçãos. E em nossas orações também pedimos por elas. Se pararmos por alguns instantes, poderemos ver e sentir todas as coisas que o nosso Pai nos dá por graça e misericórdia. Todas essas bênçãos de Deus nos são oferecidas para o nosso bem-estar físico, material e espiritual. Não somos merecedores de nada. Mas recebemos tudo porque Deus, em Cristo, nos considera seus filhos queridos.

E assim, concluímos que sempre é tempo de agradecer. Agradecemos pela vida, pelo novo dia, por vitórias, pela família, pelos amigos, pelo trabalho, pela saúde, pelo alimento, pela casa... Agradecemos pelo perdão, pela salvação e vida eterna que nos são dados por Jesus.


Oportunidades

Gostaria de compartilhar um fato que aconteceu comigo. Em 1995 fui estudar no Instituto Concórdia de São Paulo, SP. Queria me formar para trabalhar como pastor da minha Igreja. Tudo estava indo bem, até que, em setembro daquele ano, fiquei enfermo e precisei voltar para casa para tratamento. Sem entender os caminhos de Deus, segui todas as recomendações médicas pensando em ficar bom para voltar ao Seminário. Na casa dos meus pais, na Grande Vitória, ES, soube que meus colegas também oravam por mim todos os dias. E Deus ouviu e atendeu as orações. No início de novembro, retornei ao Seminário e completei os estudos daquele ano.

A minha felicidade foi imensa. Na apresentação de um trabalho sobre a oração, tive a oportunidade de agradecer, primeiramente a Deus pela bênção recebida e também a todos os meus colegas pelas suas orações.

Esse fato marcou profundamente a minha vida. E você? Qual é o fato marcante na sua vida que lhe faz agradecer sempre? Quantas ações de Deus em nossa vida temos para contar? Com certeza, temos muito para agradecer!

Portanto, aproveitemos as oportunidades para agradecer a Deus e aos que nos são próximos. Afinal, ele ouve as nossas orações e está sempre pronto para ajudar-nos de acordo com a sua vontade, também através do nosso próximo.


É tempo de agradecer

No corre-corre da vida, facilmente esquecemos que temos um Pai que está conosco em todos os dias e lugares, que nos socorre na necessidade e nos acolhe em amor e graça. Temos um irmão, um amigo pronto a nos estender a mão nos momentos mais difíceis. Por tudo e por todos, é tempo de agradecer.

Vamos agradecer como o profeta Daniel: “Então Daniel agradeceu a Deus, dizendo: Que o nome do Senhor Deus seja louvado para sempre, pois dele são a sabedoria e o poder” (Daniel2.19,20). Agradeçamos a Deus no tempo de Advento, pela vinda de Jesus para nos salvar e a sua volta para nos buscar a fim de morarmos com ele para sempre no céu. Concluímos com Davi: “Louvem a Deus e sejam agradecidos a ele. Pois o Senhor é bom; o seu amor dura para sempre, e a sua fidelidade não tem fim” (Salmos 100.4,5). Por isso, sempre é tempo de agradecer, também hoje.


Texto de Pastor Iderval Strelhow.

Publicado no Mensageiro Luterano em novembro de 2008.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

55 anos da Igreja São Lucas

Para comemorar os 55 anos de fundação da igreja luterana “São Lucas”, do bairro Vila Ipiranga, em Porto Alegre – RS, o pastor Carlos Kracke, de CPTN, em conjunto com o pastor local Iderval Strelhow, realizou o encontro evangelístico EPD – Equipando o Povo de Deus. Dezenas de pessoas participaram do encontro, trocando experiências sobre o trabalho de evangelismo. Além da abordagem teórica, todos os participantes saíram às ruas do bairro para distribuir material evangelístico aos moradores da região e compartilhar a fé no Salvador Jesus Cristo. Aproximadamente 150 famílias foram visitadas nesta parte prática do encontro EPD. Todos foram categóricos ao afirmar que os maiores beneficiados com este tipo de trabalho são os próprios visitadores, pois o trabalho prático os ajudou a quebrar algumas barreiras que os impediam de testemunhar de Cristo com mais coragem e alegria. As atividades foram encerradas com um culto de gratidão no domingo, dia 17 de novembro, que contou com a participação de centenas de pessoas.

Matéria publicada dia 24/11/2008.
Fonte: http://www.cptn.org.br/lerdestaque.asp?xid=24112008151859

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Caído na calçada

Ontem saí de casa mais cedo do que o normal e a temperatura era amena de primavera e o dia estava amarelo e azul e do som do meu carro se evolava o rock suave da Itapema e eu me sentia realmente bem. Estacionei numa rua quase bucólica do Menino Deus e vi que ali perto um catador de papel puxava sua carrocinha sem pressa.
Era magro e alto, devia andar nas franjas dos 50 anos e tinha a pele luzidia de tão negra. Ao seu lado saltitava um menino de, calculei, uns quatro anos de idade, talvez menos. Devia ser o filho dele, porque o observava com um olhar quente de admiração, como se aquele homem fosse o seu herói. Bem. Ao menos foi o que julguei, certeza não podia ter.
Já ia me afastar quando, por entre as grades da cerca de uma creche próxima, voou um brinquedo de plástico. Um desses robôs cheios de luzes e vozes, que se transformam em nave espacial e prédio de apartamentos, adorado pelas crianças de hoje em dia. Algum garoto devia ter atirado o brinquedo para cima por engano, ou fora uma gracinha sem graça de um amigo.
O menino que era dono do brinquedo colou o rosto na grade como se fosse um presidiário, angustiado. O filho do catador de papel correu até a calçada, colheu o robô do chão e não vacilou um segundo: retornou faceiro para junto do pai, o brinquedo na mão, feito um troféu. Olhei para o menino atrás da cerca. Estranhamente, ele não falou nada, não gritou, nem reclamou. Ficou apenas olhando seu brinquedo se afastar na mão do outro, os olhos muito arregalados, a boca aberta de aflição.
Muito orgulhoso, o filhinho do catador de papéis mostrou o brinquedo ao pai. O pai olhou. E fez parar a carrocinha. Largou-a encostada ao meio-fio. Levou a mão calosa à cabeça do filho. E se agachou até que os olhos de ambos ficassem no mesmo nível.
A essa altura, eu, estacado no canteiro da rua, não conseguia me mover. Queria ver o desfecho da cena. O pai começou a falar com o menino. Falava devagar, com o olhar grave, mas não parecia nervoso. Explicava algo com paciência e seriedade. O menino abaixou a cabeça, envergonhado, e o pai ergueu-lhe o queixo com os nós do dedo indicador. Falou mais uma ou duas frases, até que o filho balançou a cabeça em concordância.
A seguir, o menino saiu correndo em direção à creche. Parou na grade, em frente ao outro garoto. Esticou o braço. E, em silêncio, devolveu-lhe o brinquedo. Voltou correndo para o pai, que lhe enviou um sorriso e levantou a carrocinha outra vez. Seguiram em frente, o pai forcejando, o filho ao lado, agora não saltitante, mas pensativo, concentrado.
Então, tive certeza: aquele olhar com que o menino observara o pai era mesmo de admiração, ele era de fato o seu herói.

Que exemplo para muita gente, não é mesmo?

Texto de David Coimbra (Zero Hora).
Enviado por Pastor Iderval.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CD Encontro Musical


Este CD tem o objetivo de registrar o encontro de bandas realizado dia 28 de junho em Alvorada, marcando e valorizando o empenho e o trabalho destas bandas e grupos que em muitos casos entram pela primeira vez em estúdio e através de sua música louvam a Deus.

A primeira faixa desse CD é Te Peço escrita pela Milena Scholten que faz parte da JULIPI.

Prestigie nossa juventude com esse trabalho, compre o seu CD com os jovens da São Lucas!


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Racismo

Além de ser chamado de “macaco” dentro do avião, o músico Dudu Nobre sofreu agressão física e o caso foi parar na polícia. A discriminação racial pelos próprios comissários de um vôo dos Estados Unidos para o Brasil, nesta última segunda-feira, merece reflexão onde o preconceito racial é sutil e disfarçado, e por vezes grosseiro como neste episódio. Hoje (dia 20) é o Dia da Consciência Negra em nosso país, inspirado na morte do negro Zumbi em 20 de novembro de 1695. O tema tem importância na Bíblia, que descreve a discriminação como um pecado que bate em cheio contra o amor universal de Deus. O apóstolo Paulo lembra que não existe diferença entre as raças, porque Deus é o mesmo Senhor de todos e abençoa indistintamente os que lhe pedem ajuda (Romanos 10.12). No entanto, a própria Bíblia é usada erroneamente para se afirmar que a cor negra da pele é um castigo divino. Dizem que Cão, filho de Noé, ficou negro ao ser amaldiçoado (Gênesis 9.22). Ora, fico imaginando se um dia este tipo de religioso encontrar-se com um Jesus preto no Juízo Final. Se “maldição” é compreendida desta forma, então o que dizer da minha pele branquela, pré-disposta ao câncer e ao envelhecimento precoce sob os efeitos do sol? Em todo o caso, estas heresias andam soltas por aí, a exemplo de Satanás que inverteu o sentido das palavras de Deus na tentação contra Jesus (Mateus 4.1-11).

Racismo é um escândalo (escândalo vem do grego e significa “separação”) que diabolicamente (diabo significa “aquele que separa”) traz divisão na própria igreja cristã. Um péssimo exemplo vem dos Estados Unidos onde existem igrejas de brancos e igrejas de negros. E agora o grande desafio para este país da Ku klux klan – organização que tem a própria cruz como símbolo para defender a “supremacia da raça branca” – será proteger Barak Obama contra racistas fundamentalistas, os mesmos que mataram Martin Luther King. Mas isto é um mal globalizado, que provoca divisões e injustiças pelo mundo afora nesta Babel de arrogância.

Não podemos e nem queremos mudar a cor da nossa pele, nem a raiz de costumes e culturas. Mas quando estas coisas criam diferenças presunçosas de tratamento com as pessoas, isto ofende o Criador que ama a todos indistintamente, e estraga a grande missão da igreja. A Bíblia diz com todas as letras: “Meus irmãos, vocês que crêem no nosso Senhor Jesus Cristo, nunca tratem as pessoas de modo diferente por causa da aparência” (Tiago 2.1). O teólogo luterano Gottfried Brakemeier escreve que Deus criou um mundo multiforme, em que cada "peça" tem sua característica inconfundível. Que o propósito de Deus nesta diversidade é a complementação de uns pelos outros e no serviço mútuo, usando cada qual o dom que recebeu. “Discriminação racial equivale a desprezo ao Deus Criador, que moldou a criação assim como a fez, e que por amor a ela deu o seu Filho Unigênito”.

Texto de Marcos Schmidt, Pastor luterano na Comunidade São Paulo em Novo Hamburgo, RS